No mês seguinte à suspensão da concessão de bônus para quem economizou água e a aplicação da multa para os que aumentaram o consumo na Grande São Paulo, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai reajustar as tarifas de água e esgoto em 8,4% a partir desta quinta-feira (12). A medida vale para todos os clientes da empresa - residencial, comercial, industrial e pública com contrato, além das tarifas sociais.
O aumento corresponde à inflação anual medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre março de 2015 e o mesmo mês em 2016, que chegou a 9,3%, menos um percentual de eficiência (0,9%).
Com o reajuste, o cliente residencial da Região Metropolitana de São Paulo que consome, por exemplo, até 10 metros cúbicos (m³) de água pagará taxa fixa de R$ 22,38. Entre 11 m³ e 20 m³, o valor do metro cúbico será de R$ 3,50. Já com o consumo acima de 21 m³, o cliente pagará R$ 8,75 o metro cúbico. Um metro cúbico equivale a 1 mil litros
A decisão de encerrar o programa, segundo a Sabesp em pedido enviado à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), foi tomada depois que "a situação hídrica atual permite uma maior previsibilidade sobre as condições dos mananciais". O diretor econômico-financeiro e de relações com investidores da Sabesp, Rui de Britto Affonso, disse durante conferência com investidores no fim de março que a cobrança de multa para os clientes que tivessem aumento no consumo de água nunca teve caráter arrecadatório.
O presidente da empresa, Jerson Kelman, que a Sabesp fatura 18 metros cúbicos por segundo a menos, desde o início da estiagem. "As razões que nos motivaram a solicitar a revisão tarifaria extraordinária em abril de 2015 permanecem, porque de fato o consumo está reduzido, e isso não é mal, isso de fato deve ser comemorado. Esses temas [sobre a revisão extraordinária] serão discutidos na ocasião da revisão de abril de 2017", disse Kelman, em março deste ano.
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